O "Rei" é o símbolo máximo da monarquia... "Dono" de um reino, chefe, soberano, poderoso, etc., é ele quem tem o poder de mandar e desmandar. Dorme no melhor colchão, casa com as melhores mulheres e lambuza-se com os melhores pratos nos restaurantes mais pomposos do reinado... Mas afinal, como é ser rei?
Ora, a única experiência que eu tenho nisso são das horas em frente ao computador, jogando (entre um site de sacanagem e outro) Age of Empires II. O Rei é aquele que toma as decisões, e nem sempre tem tempo de sobra pra isso. É aquele que leva toda a culpa, e com toda a certeza é aquele que tem a mãe mais ofendida. É só começarmos a analisar a história e vemos que a vida de um grande monarca não é um mar de flores cheirosas e macias. Faço minhas as palavras do tio do Peter Parker (homem aranha): “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades!”
Primeiro que o rei não tira férias, pois deve estar de prontidão 24 horas por dia. Segundo que ele tem que manter a pose e a diplomacia, porque até as paredes estão olhando para seus nobres atos. E terceiro que todos os malfeitores querem matar o rei! Ao mesmo tempo em que é o mais protegido do reinado, ele é também o mais perseguido por assassinos e rebeldes. Pra quem duvida, é só perguntar a personagens como Luis XVI (executado em praça pública na revolução francesa) e Júlio César (o infeliz era imperador, mas foi assassinado pelo próprio filho).
Hoje não existem reis e rainhas que comandem uma nação, mas existem patrões detentores do poder de te dar um aumento ou te mandar pra rua. Ainda hoje, como na época da Monarquia, a decisão de um influencia na vida de muitos! E então, o que é melhor? Ter esse poder que corrompe a mente soberba de alguns, os levando à ruína sem par, num estágio onde não tem mais volta, ou ser amigos de tais poderosos, vivendo as regalias destinadas aos “monarcas” sem ter as mesmas preocupações e responsabilidades?
Os amigos do rei ganhavam presentes e regalias, casavam com belas princesas e eram convidados à banquetes e festas programadas pelo rei. O trabalho deles era simples: massagear o ego monárquico do pançudo que sentava no trono com uma coroa caríssima encaixada na cabeça.
Hoje é diferente? Acho que não! Amiguinhos e cupinchas de Roberto Requião ficam tranqüilos com seus gordos salários, enquanto o Governador (tão gordo quanto o salário de seus amigos e familiares) responde aos ataques da mídia. Mas alguém ataca aqueles que se aproveitam da regalia de ser um puxa saco? Quantas vezes um jornal publicou uma matéria falando mal daqueles que recebem um cargo, que envolve pouco trabalho e muito dinheiro? Eu mesmo não sei o nome de nenhum deles! E nas empresas? Se o negócio vai bem, eu termino o expediente às 18 horas, vou para casa e durmo tranqüilo. Se o negócio vai mal, eu vou fazer a mesma coisa! Se um dia tudo acabar, eu arranjo outro patrão para puxar o saco, e assim vou pulando de galho em galho. E o patrão?? O dono do negócio leva o problema para casa, vira de um lado para outro da cama pensando na solução para todos os problemas de sua empresa.
E agora eu pergunto: ser rei é um privilégio ou uma árdua obrigação? Qual a arte mais lucrativa: liderar com poder ou puxar saco com eficiência? Mas, eufemismos a parte, agora me dêem licença, que preciso dizer ao meu chefe o quanto ele fica bem com o terno risca de giz que ele está usando hoje.
Por Paulo Martini
Ora, a única experiência que eu tenho nisso são das horas em frente ao computador, jogando (entre um site de sacanagem e outro) Age of Empires II. O Rei é aquele que toma as decisões, e nem sempre tem tempo de sobra pra isso. É aquele que leva toda a culpa, e com toda a certeza é aquele que tem a mãe mais ofendida. É só começarmos a analisar a história e vemos que a vida de um grande monarca não é um mar de flores cheirosas e macias. Faço minhas as palavras do tio do Peter Parker (homem aranha): “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades!”
Primeiro que o rei não tira férias, pois deve estar de prontidão 24 horas por dia. Segundo que ele tem que manter a pose e a diplomacia, porque até as paredes estão olhando para seus nobres atos. E terceiro que todos os malfeitores querem matar o rei! Ao mesmo tempo em que é o mais protegido do reinado, ele é também o mais perseguido por assassinos e rebeldes. Pra quem duvida, é só perguntar a personagens como Luis XVI (executado em praça pública na revolução francesa) e Júlio César (o infeliz era imperador, mas foi assassinado pelo próprio filho).
Hoje não existem reis e rainhas que comandem uma nação, mas existem patrões detentores do poder de te dar um aumento ou te mandar pra rua. Ainda hoje, como na época da Monarquia, a decisão de um influencia na vida de muitos! E então, o que é melhor? Ter esse poder que corrompe a mente soberba de alguns, os levando à ruína sem par, num estágio onde não tem mais volta, ou ser amigos de tais poderosos, vivendo as regalias destinadas aos “monarcas” sem ter as mesmas preocupações e responsabilidades?
Os amigos do rei ganhavam presentes e regalias, casavam com belas princesas e eram convidados à banquetes e festas programadas pelo rei. O trabalho deles era simples: massagear o ego monárquico do pançudo que sentava no trono com uma coroa caríssima encaixada na cabeça.
Hoje é diferente? Acho que não! Amiguinhos e cupinchas de Roberto Requião ficam tranqüilos com seus gordos salários, enquanto o Governador (tão gordo quanto o salário de seus amigos e familiares) responde aos ataques da mídia. Mas alguém ataca aqueles que se aproveitam da regalia de ser um puxa saco? Quantas vezes um jornal publicou uma matéria falando mal daqueles que recebem um cargo, que envolve pouco trabalho e muito dinheiro? Eu mesmo não sei o nome de nenhum deles! E nas empresas? Se o negócio vai bem, eu termino o expediente às 18 horas, vou para casa e durmo tranqüilo. Se o negócio vai mal, eu vou fazer a mesma coisa! Se um dia tudo acabar, eu arranjo outro patrão para puxar o saco, e assim vou pulando de galho em galho. E o patrão?? O dono do negócio leva o problema para casa, vira de um lado para outro da cama pensando na solução para todos os problemas de sua empresa.
E agora eu pergunto: ser rei é um privilégio ou uma árdua obrigação? Qual a arte mais lucrativa: liderar com poder ou puxar saco com eficiência? Mas, eufemismos a parte, agora me dêem licença, que preciso dizer ao meu chefe o quanto ele fica bem com o terno risca de giz que ele está usando hoje.
Por Paulo Martini
1 comentários:
Muito bom o texto!
Acho que amigos do rei tem mais tempo que ele e podem aproveitar melhor as regalias....
mas nem todo rei é aberto a amizades, não é msmo?
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